Clicando a vida com leveza.
A boa fotografia requer o controle adequado de muitas variáveis (muitas mesmo, acredite!), mas o principal é o controle adequado do uso da luz.
Por conta disso, uma boa parte do trabalho de fotografia que vemos em revistas, anúncios e websites é produzido em estúdios, onde o controle da luz pode ser realizado de forma bastante precisa. Entretanto, o investimento para se ter um estúdio minimamente equipado é alto. Aliás, a fotografia profissional por si só é um negócio caro: câmeras, lentes, educação adequada, softwares, flashes, tripés, etc. etc.
Quando iniciamos o curso profissionalizante em 2018, para aprender mais sobre uma arte que nos acompanhava por décadas como simples hobby, uma das primeiras questões que levantamos foi “Ok. Precisamos de um upgrade em nosso equipamento para trabalharmos com mais qualidade, mas precisamos mesmo de tudo que um estúdio oferece para iniciarmos profissionalmente na área? Não podemos ter apenas uma parte do equipamento e alugar o restante, quando uma demanda específica do trabalho exigir? Não podemos estender o princípio de viver com menos, carregar menos peso, também ao trabalho de fotografia, usando melhor o tempo, a experiência e o conhecimento para fazer boas imagens sem depender tanto de instalações caras?”
Descobrimos que sim! Pois hoje, assim como muitas outras áreas, podemos simplesmente alugar um estúdio, um espaço de coworking para reuniões, lentes e até equipamentos mais pesados indispensáveis a um estúdio. O mindset da chamada nova economia ajuda nesse sentido.
Trabalhando com pouco peso
Isso nos alegrou muito porque, manter um estilo de vida mais simples, com menos coisas desnecessárias no dia a dia, é um real objetivo (muita gente ainda associa minimalismo a ter menos coisas apenas, mas o objetivo é ter menos coisas desnecessárias em sua vida para poder focar energia naquilo que realmente importa).
E o que realmente importa para nós na Fotografia? Uma educação adequada (no nosso caso um curso na Omicron Escola de Fotografia e muitos livros sobre os diversos temas da área), boas câmeras e lentes adequadas ao tipo de fotografia à qual queremos nos dedicar, softwares licenciados, alguns equipamentos essenciais e leves (flashes, fotômetro, rebatedores...), dois estúdios portáteis e complementares (Julius Studio e Limo Studio), que adquirimos em uma viagem aos EUA e... só!
Com essa estrutura básica de conhecimento, equipamento, pós-produção e um estúdio portátil que podemos levar para outros lugares, ganhamos autonomia para desenvolver um trabalho profissional, sem a necessidade de manter um estúdio fixo extremante bem-equipado (e que sempre poderemos alugar, no caso de algum projeto específico exigir tal demanda), simplificando as coisas.
Nas viagens levamos ainda menos peso na bagagem, deixando em casa a câmera mais pesada e a maioria dos equipamentos que usamos para fotografia comercial de produtos, preferindo manter conosco apenas nossa Sony Alpha 6000, a antiga e querida Nikon D3000 (mas com boas lentes, naturalmente) e um tripé leve além de baterias e cartões de memória extra (ver post Planejando Uma Trip Fotográfica).
Poder estender o conceito minimalismo à rotina de trabalho na fotografia (e não apenas como conceito artístico nas imagens criadas) foi muito importante para nós, porque nossas metas atuais não incluem tanto adquirir coisas e sim acumular experiências: seguir aprendendo coisas novas (na fotografia e outras áreas), viajar, ter mais tempo para nós, nossas famílias e amigos. Queremos certamente continuar trabalhando muito, mas de uma forma mais flexível, criativa e com significado.
Encontrar significado nas coisas e na vida, implica em descobrir aquilo que nos toca, passar a olhar o mundo com nossa própria perspectiva, tornando-a única; encontrar temas que nos pareçam interessantes e focar neles com tempo e criatividade. Para isso precisamos manter a vida simples, a mochila leve e dar espaço para o novo.
Quais seriam as coisas que você simplificaria para ganhar espaço na agenda? Compartilhe
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